domingo, 16 de janeiro de 2011

O caso de Ronaldinho Gaucho [ou melhor, carioca]

Antes que perguntem, sou colorada. Sim, sou colorada.
Eu nunca quis que o Ronaldinho viesse para o Grêmio, afinal seria um motivo para se gabarem, então, preferi que ele não viesse, para me evitar o estresse. Eu poderia querer ele longe, mas jamais desejar que algo acontecesse da forma como aconteceu.
É nesses momentos que paramos e pensamos em como o dinheiro sobe à cabeça das pessoas, como ele se sobressai a muitas coisas que não deveria se sobressair. É nessa hora que conhecemos as pessoas.
Concordaria plenamente se a pessoa em questão fosse alguém que não tivesse muito dinheiro, nem muita fama. Alguém que ainda tivesse um longo caminho pela frente e que ainda buscasse a estabilidade financeira. Mas, como todos nós sabemos, a pessoa em questão não esta inclusa em nenhuma dessas hipóteses.
O caráter e a palavra de alguém é comprovada em momentos como esse, em momentos em que pessoas como Pelé, que mesmo sendo o maior jogador de futebol da história, que teria todos os motivos do mundo e todas as justificativas para ser uma pessoa mesquinha, arrogante e gananciosa, mostraram o que tinham de melhor. Pelé passou um ano jogando de graça pelo Santos, pelo simples fato de que já tinha dinheiro o suficiente para sustentar ainda muitas gerações de sua família, pelo amor que tinha pelo clube que o acolheu e o apresentou ao mundo do futebol, para ajudar o time que naquele tempo sofria. Isso é caráter. Isso é não louvar o dinheiro e sobrepô-lo a tudo. Pelé mesmo disse em entrevista que era isso que Ronaldinho deveria ter feito, já que disse aos quatro cantos que era gremista, já que disse que amava o Rio Grande do Sul e o time que o criou. Se não fosse o Grêmio, hoje Ronaldinho poderia não ser nada do que é.
Mercenário. Ganancioso. Fiel ao dinheiro e a ninguém mais. Com certeza ele não é mais o meu jogador favorito, não tenho mais orgulho de dizer que o craque da Seleção, que brilhou no Barcelona e muitos outros, é gaucho. Tenho vergonha.
Gente como ele deveria cair de seu pedestal e quebrar a cara no chão. Ver que todos aqueles que um dia o louvaram, que um dia encheram a boca para dizer o seu nome, hoje o vaiam. Gente como ele deveria ver todos lhe virando as costas e enxergar do chão como foi mesquinho, como deixou tudo o que tinha escapar-lhe pelas mãos e se arrepender de não ter sido um pouco mais humilde e ter notado que ele realmente não era melhor do que ninguém.
Espero, sinceramente, que o Flamengo se torne o palco de sua derrota, a mancha que ficará marcada como a imundície do dinheiro que recebeu, que, mais tarde, verá que de nada valia, que de nada valeu tudo o que foi posto fora.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Despadronize!

Liberte-se. Essa é a palavra. Liberte-se de tudo aquilo que não faz parte de ti, liberte-se dos padrões que censuram teu modo de viver.
Talvez o fato de não ter quem o mande agir de qual forma o torne vulnerável e desnorteado, sem rumo. Mas esta é a sua forma verdadeira, seu eu. Somente serás tu no momento em que resolveres assumir a forma que és, usar o que achar bonito, rir do que achar engraçado, falar o que achar certo, sem preocupar-se com o que pensarão os outros, sem preocupar-se com o que a moda o manda vestir ou do que deves achar engraçado. Faça aquilo que o faz bem e faça o bem sem esperar reconhecimento daqueles que discriminam o certo do errado. Assuma-se. Desmascare-se. Viva!