quarta-feira, 6 de abril de 2011

Feminismo...?

Antigamente, a mulher era totalmente submissa ao homem, sem direito a nada. Em um tempo ainda mais antigo, na Grécia, podemos ver as mulheres como meros agentes reprodutores, tendo amor verdadeiro apenas entre homens e não tendo a mulher o direito de sentir prazer.
O feminismo surgiu para trazer os direitos de igualdade entre mulheres e homens. Tudo bem. Aceitável.
Porém, o feminismo deveria ter acabado no momento em que as mulheres adquiriram seus direitos de voto e trabalho, no momento em que provaram aos homens que são capazes de fazer tudo (ou quase tudo) da mesma forma e com a mesma dedicação que eles. O grande problema é que o feminismo tornou-se um grande preconceito contra os homens, além de fazer com que as mulheres perdessem parte de sua feminilidade, de sua delicadeza.
A mulher, hoje, adquire muito mais responsabilidades do que deveria, tornando-se "mulher do sexo masculino", muitas vezes. Por que trabalhar em obras e trabalhos cada vez mais pesados para igualar-se aos homens? Tudo bem, cada uma faz aquilo que gosta e que tem capacidade mas, além de o trabalho ser totalmente exaustivo, pelo fato já comprovado de que a mulher tem um porte físico mais fraco do que o homem, ainda tem casa e filhos para cuidar. Cada vez mais vemos mulheres esgotadas, de aparência próxima à doentia e com o humor afetado por achar injusto o fato de que o homem só trabalha fora enquanto a mulher trabalha em casa e fora, tornando seu dia muito mais cansativo.
Mulheres, valorizemo-nos mais! Não precisamos mais provar aos homens que somos capazes, porque já o fizemos a muito tempo. Pensemos um pouco mais nas nossas necessidades, na nossa vaidade e amor próprio! Não precisamos ser submissas, mas também não precisamos usar de todas as nossas forças para provar o contrário. Saibamos equilibrar as coisas, e admitamos quando não somos aptas para algo, pois homens não são perfeitos, não sabem fazer coisas as quais fazemos com habilidade.
Sejamos mulheres com todos os defeitos e qualidades, com todas as aptidões e inaptidões! Não somos menos por isso e nem nunca seremos.

terça-feira, 1 de março de 2011

A praia na menina

Ao leve soprar do vento
Olhar curioso, atento.
As ondas que vem e vão
A pele na areia, a areia na mão.
O sol quente que abraça também queima
A menina que teima.

Ela olha ingênua, procura atenta.
Sente, gosta, sorri.
Ansiedade aumenta.
Chão de areia,
Olho com a onda,
Ouvido com o vento.

O mar ressona, o canto do vento,
Que tampouco lento,
Faz dançar os cabelos da menina.
Ah, doce menina!
Tão sozinha, tão pequenina
Mas que nos pequenos pés
Trás marcas de quem sabe o caminho
De volta para casa.
E, sorrindo, despede-se do mar.

Vida Maldita

Vida para não vivê-la.
Tão bela e intocada,
Para ser olhada e nunca tê-la.

Ah, cruel! Vida tão cruel!
Sutil bicho feroz,
Que ataca lenta e dolorosa.
Ah, vida cascavel!

Tão medíocre tal comparação,
Que mesmo quase unânime constatação,
Tão banal exclamação,
Ainda assim, medíocre afirmação.

Tal que vida não morre,
Não como cobra cascavel
Que mesmo sem pernas, instintiva, corre.
Vida de instinto delicado, planejado, ensaiado.
Que mesmo coreografado
Tão bruscamente é mudado,
E para a vida, novo rumo é tomado.

Vida domada por poucos,
Conhecida por poucos,
Usada por poucos.
Poucos aqueles que riem da maioria,
Mortais de alma
Que da vida desconhecem e, todavia
Sobrevivem.

domingo, 16 de janeiro de 2011

O caso de Ronaldinho Gaucho [ou melhor, carioca]

Antes que perguntem, sou colorada. Sim, sou colorada.
Eu nunca quis que o Ronaldinho viesse para o Grêmio, afinal seria um motivo para se gabarem, então, preferi que ele não viesse, para me evitar o estresse. Eu poderia querer ele longe, mas jamais desejar que algo acontecesse da forma como aconteceu.
É nesses momentos que paramos e pensamos em como o dinheiro sobe à cabeça das pessoas, como ele se sobressai a muitas coisas que não deveria se sobressair. É nessa hora que conhecemos as pessoas.
Concordaria plenamente se a pessoa em questão fosse alguém que não tivesse muito dinheiro, nem muita fama. Alguém que ainda tivesse um longo caminho pela frente e que ainda buscasse a estabilidade financeira. Mas, como todos nós sabemos, a pessoa em questão não esta inclusa em nenhuma dessas hipóteses.
O caráter e a palavra de alguém é comprovada em momentos como esse, em momentos em que pessoas como Pelé, que mesmo sendo o maior jogador de futebol da história, que teria todos os motivos do mundo e todas as justificativas para ser uma pessoa mesquinha, arrogante e gananciosa, mostraram o que tinham de melhor. Pelé passou um ano jogando de graça pelo Santos, pelo simples fato de que já tinha dinheiro o suficiente para sustentar ainda muitas gerações de sua família, pelo amor que tinha pelo clube que o acolheu e o apresentou ao mundo do futebol, para ajudar o time que naquele tempo sofria. Isso é caráter. Isso é não louvar o dinheiro e sobrepô-lo a tudo. Pelé mesmo disse em entrevista que era isso que Ronaldinho deveria ter feito, já que disse aos quatro cantos que era gremista, já que disse que amava o Rio Grande do Sul e o time que o criou. Se não fosse o Grêmio, hoje Ronaldinho poderia não ser nada do que é.
Mercenário. Ganancioso. Fiel ao dinheiro e a ninguém mais. Com certeza ele não é mais o meu jogador favorito, não tenho mais orgulho de dizer que o craque da Seleção, que brilhou no Barcelona e muitos outros, é gaucho. Tenho vergonha.
Gente como ele deveria cair de seu pedestal e quebrar a cara no chão. Ver que todos aqueles que um dia o louvaram, que um dia encheram a boca para dizer o seu nome, hoje o vaiam. Gente como ele deveria ver todos lhe virando as costas e enxergar do chão como foi mesquinho, como deixou tudo o que tinha escapar-lhe pelas mãos e se arrepender de não ter sido um pouco mais humilde e ter notado que ele realmente não era melhor do que ninguém.
Espero, sinceramente, que o Flamengo se torne o palco de sua derrota, a mancha que ficará marcada como a imundície do dinheiro que recebeu, que, mais tarde, verá que de nada valia, que de nada valeu tudo o que foi posto fora.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Despadronize!

Liberte-se. Essa é a palavra. Liberte-se de tudo aquilo que não faz parte de ti, liberte-se dos padrões que censuram teu modo de viver.
Talvez o fato de não ter quem o mande agir de qual forma o torne vulnerável e desnorteado, sem rumo. Mas esta é a sua forma verdadeira, seu eu. Somente serás tu no momento em que resolveres assumir a forma que és, usar o que achar bonito, rir do que achar engraçado, falar o que achar certo, sem preocupar-se com o que pensarão os outros, sem preocupar-se com o que a moda o manda vestir ou do que deves achar engraçado. Faça aquilo que o faz bem e faça o bem sem esperar reconhecimento daqueles que discriminam o certo do errado. Assuma-se. Desmascare-se. Viva!