terça-feira, 1 de março de 2011

Vida Maldita

Vida para não vivê-la.
Tão bela e intocada,
Para ser olhada e nunca tê-la.

Ah, cruel! Vida tão cruel!
Sutil bicho feroz,
Que ataca lenta e dolorosa.
Ah, vida cascavel!

Tão medíocre tal comparação,
Que mesmo quase unânime constatação,
Tão banal exclamação,
Ainda assim, medíocre afirmação.

Tal que vida não morre,
Não como cobra cascavel
Que mesmo sem pernas, instintiva, corre.
Vida de instinto delicado, planejado, ensaiado.
Que mesmo coreografado
Tão bruscamente é mudado,
E para a vida, novo rumo é tomado.

Vida domada por poucos,
Conhecida por poucos,
Usada por poucos.
Poucos aqueles que riem da maioria,
Mortais de alma
Que da vida desconhecem e, todavia
Sobrevivem.

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